quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Droga ilícita ou lícita?



Estes textos, de extrema importância, foram gentilmente cedidos pela Psicóloga Drª Anésia Gusmão, foram publicados no Jornal Diário do Rio Doce e visam alertar  e orientar os familiares e  amigos que conhecem alguém que é dependente de drogas (lícitas e ilícitas).


É Comum o uso de drogas tidas como lícitas, e, portanto socialmente aceitas na rotina de nossas famílias (álcool e tabaco). O medo de nossas famílias centra-se nas drogas ilícitas.
Durante algum tempo, a família poderá conviver com o indivíduo e seu consumo dito social, mas de um momento para outro esse consumo evolui e passa a ser abusivo, e é descoberto pela família que, entra em crise, pois até então considerava que tudo estava bem, só que há muito tempo o indivíduo poderia estar dizendo, através de mudanças sutis de comportamento que as coisas não estão bem com ele.
A família sofre frente à revelação da toxicomania e na maioria das vezes sente-se culpada, impotente e frustrada. Não sabem como e onde procurar ajuda para eles próprios e para o filho; por ignorar os recursos terapêuticos, desejam encontrar uma cura mágica que tire o indivíduo das drogas e elimine a tensão familiar. Todos querem uma reposta rápida para o desafio das drogas.
O ideal é internar o usuário numa comunidade terapêutica por algum tempo, onde o mesmo será submetido a um tratamento que foca as características da relação familiar, a relação individuo/família, enfocando sempre a necessidade da abstinência total, das mudanças no estilo de vida, assim como hábitos de ambos,e assim prevenir o fenômeno da recaída.




Anésia Gusmão Costa/ Psicóloga Coordenadora do DEJORD




Dependência química e a família
Anésia Gusmão Costa /Psicóloga do Desafio Jovem Rio Doce.
A dependência Química tem sido entendida como uma doença crônica, progressiva, de alta prevalência, que está constantemente relacionada a outras enfermidades clínicas e a comportamentos violentos. Trata-se de um transtorno de grande poder destrutivo. Um dos caminhos para a autodestruição humana jamais prevista. Os danos causados não estão restritos aos dependentes; atingem também seus familiares e amigos. Estudos mostram que a aprendizagem social e o histórico da Dependência Química na família são importantes preditores do alto consumo de drogas na adolescência.
A drogadição tornou nossas sociedades tão sofridas e tumultuadas com o problema das drogas, que estão presas nas armadilhas do seu próprio espanto, perguntando-se perplexo o que pode ser feito.
Sabe-se que a droga faz parte de nossa realidade social, sendo assim é necessário estar bem informados. Uma das alternativas seria a prevenção. Ou seja, um preparo antecipado, trabalhando com valores, sentido da vida e com projeto existencial de cada ser humano. A atenção deve ser voltada aos aspectos biopsicossociais do jovem, seus sentimentos, suas aspirações e expectativas, as alternativas de prazer, tendo em vista as suas necessidades de busca de identidade, auto-afirmação e auto-estima.
Os níveis de prevenção são:
1. Prevenção primaria: O objetivo é evitar o primeiro contato com a droga. Isso se faz, oferecendo modelos sadios, que incentive as boas relações entre as pessoas que valoriza a vida.
2. Prevenção secundária: Ocorre quando começa o consumo de drogas. Nesse estágio se fará necessário o encaminhamento para um tratamento que venha a conscientizá-los a parar o uso, impedido assim, a evolução para estágios mais comprometidos.
3. Prevenção Terciária: A dependência já está instalada, nesse estágio o usuário precisará ser atendido por um programa de recuperação que o sensibilize a parar, que melhor atenda suas necessidades e as de sua família, que os prepare para a Reinserção Social e Prevenção de Recaída.
Concluímos, lembrando que o problema da Dependência Química é grave e exige programas de tratamentos realizados com lucidez, coragem e determinação. Quanto aos dependentes e familiares todo esforço deve ser desenvolvido para sua recuperação e reintegração à sua família e à sociedade


Anésia Gusmão Costa/ Psicóloga Coordenadora do DEJORD


eca

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